Distritos

Distrito de Maristela

Por volta de 1881, a vila nasceu em conseqüência da parada de trens da sorocabana, no quilômetro 206, apenas para abrigar os passageiros numa estação de tábuas. Era conhecida por “Parada José Alves”.

Em 11 de novembro de 1916, inaugurou-se a atual estação de estrada de ferro com o nome de Maristela, em homenagem à filha do Presidente do Estado, Dr. Altino Arantes.

Em 24 de dezembro de 1948, devido ao progresso, o local passou a distrito da paz, pela Lei nº 233.

As atividades econômicas da vila eram essencialmente agro-pecuárias, até que em 1925, José Pieroni trouxe à Maristela a energia elétrica sob expensas próprias. Com a rede elétrica puderam instalar-se máquinas de algodão, de café, arroz, moinhos de fubá e derivados. Além disso, surgiram oficinas de consertos de veículos e de artefatos agrícolas. Grande desenvolvimento ocorreu mais recentemente na área de avicultura, tornando o distrito um dos grandes pólos de granjas do Estado. Hoje o Distrito é cortado pela Rodovia Marechal Rondon e abrange grande parte das Indústrias de Brinquedos do Município.

Trechos extraídos do Livro dos “100 anos da Paróquia São João Batista”

 

 

Distrito de Laras

Distrito de Laras, também conhecido como Capela de São Sebastião da Pedra Grande, localiza-se a 18 quilômetros da sede do Município de Laranjal Paulista as margens do Rio Tietê.

Os primeiros moradores de que se tem conhecimento oficial foram João Antonio de Proença Lara, Antonio de Mello Almada e Antonio Cardoso de Arruda que chegaram ao local em meados do século XIX descendo os rios teriam vindo de Capivari. As famílias entrelaçadas pelo grau de parentesco foram constituindo a localidade, cultivando cana de açúcar, construindo as casas de taipa e as senzalas.

A Capela de São Sebastião foi erguida, de madeira, com a imagem do santo padroeiro talhada em madeira, ficando o povoado conhecido como Capela de São Sebastião da Pedra Grande, por seu acesso pelo rio ter como referência uma grande pedra ainda à época dos Bandeirantes.

Em 1873 com o intuito de aumentar o povoamento do núcleo os três pioneiros doaram parte de suas terras ao santo, e a população poderia construir suas casas nessas terras sem precisar pagar pelos terrenos.  Antes das doações o povoado havia passado por terríveis epidemias de febre amarela e parte da população começou a migrar para outras localidades por causa da doença. Conta a tradição oral que uma senhora fez uma promessa para o Divino Espírito Santo para que a doença desaparecesse e tendo seu pedido atendido, três homens começaram a peregrinação  anual passando pelas casas do povoado e de seu redor levando a benção do Divino Espírito Santo. A partir deste momento a Irmandade do Divino Espírito Santo do Distrito de Laras mantém a tradição até os dias de hoje com a saída das bandeiras um mês antes da festa fazendo a peregrinação, levando a benção do Divino Espírito Santo a casas em áreas urbanas e rurais de Laranjal Paulista. A festa atrai grande público especialmente no encontro das canoas, que simboliza o retorno da irmandade para a comunidade, e acontece no sábado da festa sempre no final de julho.

O povoado cresceu em 23 de março de 1920, o núcleo passou a ser considerado e oficialmente instalado o “Distrito de Paz de Laras”. Por força do Decreto Estadual n. 9775, datado de 30 de novembro de 1938, foi desmembrado do Município de Tietê e integrado oficialmente ao Município de Laranjal Paulista, passando a denominar-se Distrito de Laras, Município de Laranjal Paulista.

O principal acesso para a sede do município se dá por uma balsa autossustentável, levada de uma margem a outra com a força da correnteza do rio Tietê.

(Trechos extraídos do livro Laranjal Paulista – Nossa Terra Nossa Gente – de autoria de José Thomé e do livro Divina luz nas águas do Tietê de Neusa de Fátima Mariano, Editora Paco, 2014)